literatura · poemas

Cortina

Os olhos pesam,
Ao ânimo persisto,
Mas dele logo desisto.
O sono invade a pálpebra,
Levo-me ao suspiro.
O pouco ar e entusiasmo se esvaem
Ah, é só uma breve desistência!
Acabo por me enrolar no cobertor e em reticências…
Deixe na mesa tudo assim mesmo!
Esta é a minha ínfima liberdade
Ai, a de respirar…
Por entre os segundos escorregadios.
Com exclamações já não me expresso mais,
A força dos braços, dos olhos vívidos,
Da mente impetuosa…são a sombra do dia.
Cansaço pela realidade vivida.
As cores se desbotam
Nesse leve fechar da cortina.
Repousar.
Só um pouco.
Amanhã sacudo essa cortina,
Para o tecido tremular corajosamente
E observar a vista novamente.
A se desvelar reinventada.

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