Billy Ray, Richard Phillips (livro), Stephan Talty (livro) Elenco:
Tom Hanks, Barkhad Abdi, Barkhad Abdirahman, Faysal Ahmed, Mahat M. Ali, Michael Chernus, Catherine Keener, David Warshofsky, Corey Johnson, Chris Mulkey, Yul Vazquez, Max Martini
Capitão Phillips é um filme que se passa em alto mar, um sequestro que parece deixar qualquer história em suspenso. Tudo se trata das milhas entre o navio de carga e a Somália, a linha tênue entre vida e morte. O enredo conta o drama de Richard Phillips (Tom Hanks), capitão de um navio que leva alimentos à Somália. Ele parece ser sistemático, nada pode sair do controle, sua relação com a tripulação é fria. Mas logo seu mundo desaba quando todos ficam reféns de Muse (Barkhad Abdi), líder mambembe dos piratas.
Começamos a assistir o filme com a incerteza da ameaça desse grupo de piratas em alto mar. Como eles poderiam surtir tanto medo? Mas a postura de Muse, o olhar corrosivo, as armas apontadas e a urgência em conseguir qualquer coisa melhor do que encontram em seu país faz com que logo acreditemos nessa ameaça.
O filme de Paul GreenGrass consegue se formatar por uma câmera nervosa, a qual capta com rapidez as expressões dos personagens envolvidos. O mais interessante no roteiro é encontrar o contraste entre o capitão Phillips e agora quem dá as novas regras, o capitão Muse. Na verdade, esse quebra os paradigmas, por isso a afirmação anterior de que parece tudo estar em suspenso. Há apenas o mar e o medo.
Esperaria mais, porém, sobre o comportamento de Phillips. O que acontece no filme é que a câmera nos ajuda a adotar o desejo pela liberdade do refém. Mas se poderia ter evitado a sutileza em alguns pontos da trama para que estivesse mais em evidência a necessidade de nos acharmos nos personagens. Os momentos mais fortes acabam sendo, pois, os olhares calados entre ambos os capitães. E é isso que rege a força do filme, que poderia ser uma trama com um desenvolvimento maior dos personagens, mas bem pensado quanto à interação entre os dois e como Phillips vai se desmontando aos nossos olhos e se tornando mais humano.
Sinceramente, adorei a resenha, mas não gostei do filme, achei lento.
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