Maria era uma mocinha sonhadora. No ano novo vestia brancoCrente de que paz iria garantir.Mas de tão envolta em sonhos,Maria aceitava o que o mundo lhe dava.E assim aguardava o seu destino.Certo dia,Maria resolveu viajar no ano novo.Queria ver novos ares, revolucionar a sua vida!Mas parecia que o ano novo não começaria bem.A mala se extraviouE… Continuar lendo Verde esperança
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Poeta
A verdade é que eu queria ser poetaDaqueles que, numa mesa de bar,A alegria e dor num copo se faz cultivarE do real esse vagabundo é um profeta. Ou o poeta de alma desgraçadaCom a alegria pendendo, cansada Ultrarromântico desiludido com o mundo e consigo. Ou quem da infância extrai belezaEmociona pela delicadeza.Mesmo já adulto tem dramas incertosQuanto a… Continuar lendo Poeta
Em meio a Atenas e aos modernistas
Assim como Mário Quintana disse na crônica “Coisas e pessoas”, sinto que também possuo a tendência de personificar as coisas. Desde pequena eu gosto de imaginar as matérias da escola como pessoas. Já que não tenho muita facilidade em Matemática, essa logo foi um velhinho com sobrancelhas arqueadas e um olhar inquisidor. Hoje, está mais… Continuar lendo Em meio a Atenas e aos modernistas
O cão
O cão chega à porta do quarto onde escrevoHesita....e avança por entre as patas...Fita-me.Fitamo-nos.Os olhos dele,Grandes e brilhantes,Guardam em si um segredo.Será só um cão?Possuidor somente de instinto?Só sei que os olhos me encaram.Olhos... vá, de ressaca.Talvez, por eu estar entre livros, é que os olhos do meu cãoSejam motivo de um poema.Olhos nos olhos...Quase… Continuar lendo O cão
Autodestruição
Sentada no ponto de ônibus, esperava o transporte que a levaria novamente para casa. Há alguns meses – não lembrava exatamente o tempo, talvez seis meses - pegara esse mesmo caminho. Tudo porque estava sem um caminho pelo qual caminhar. Aquela mulher marcada pelo tempo, pequeninas rugas aparentes, fizera escolhas erradas. Obviamente, algumas escolhas foram… Continuar lendo Autodestruição