Medusa
Sou tomada por vertiginosa sensação
Que ecoa perturbadora em meu interior.
No metrô vejo o ziguezaguear do vagão,
Insignificante, deixo-me levar em torpor.
Dama indefinível, tem prazer com a agitação,
Atrai com um manto costurado de gente.
Com ela viramos anônimos na multidão,
Na dúvida se o encanto é vil e entorpecente.
Sinto então percorrer o vagão hesitante,
Como um só corpo, há pés e braços na multidão.
Questiono: “Medusa, sou eu parte de você?”
-Decides quem és, apenas a costuro ao meu ser.
Sou às vezes turba e à felicidade, solidão.
Mas em vício se embriagas em mel ondulante.
Esse é meu primeiro soneto! Na verdade um “quase-soneto”. Ele é alexandrino (com doze versos) e a rima dos quartetos está alternada em ABAB e nos tercetos CDE EDC. Só faltou o cuidado com a sonoridade das sílabas em cada verso, um dia eu chego lá haha
Legal, Mah 🙂 tem uns versos muito bem construídos, gostei. Beijo.
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Carol, linda, valeu por passar aqui 😀 e ainda mais pelo elogio, vindo de alguém que escreve super bem! beijo!
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Não comento mais no seu blog, Marina!!! lalalala
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Má, você já sabe que eu gostei do seu soneto, né? Até te ajudei a revisar, um pouquinho… Tá, dei a opinião, umazinha… Mas você escreve bem, e eu me sinto bem e por vezes me inspiro no que você escreve!!! Parabéns!!!
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